Com muita alegria e expectativa entramos no mundo dos internautas "blogueiros", buscando dividir para somar experiências de atividades pastorais que permitam-nos avançar em busca de uma evangelização restauradora, como "discípulos missionários" do Senhor Jesus.



Palavra do sacerdote


TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE

            Este trecho da Sagrada Escritura a encontramos na carta paulina dirigida a Timóteo. São Paulo faz a experiência da deslealdade e rejeição. Não encontra apoio por parte de alguns da comunidade, inclusive, oposições. Encontra somente em Lucas o apoio e lealdade no momento de dificuldade. Ele faz um certo desabafo ao escrever para seu caro companheiro de missão Timóteo, contudo, não deixa de reforçar sua confiança no Deus que tudo conduz para o nosso bem.
            Sabemos que ao longo de nossa caminhada eclesial nos depararemos com decepções, falta de lealdade, críticas destrutivas e indiferença. Quando sentimos a tentação do desânimo e o pensamento pessimista, somos convidados a repetir com fé e convicção o que nos recorda S. Paulo “Tudo posso naquele que me fortalece”. Tal deve ser a temática que irá conduzir nossas ações na Igreja. Podemos contar com a fortaleza que vem do alto que nos vacinará contra a apatia e a falta de compromisso.
            Devemos recordar, também , que esta determinação interior é positiva, no sentido que, continuaremos na luta pelo Reino com as armas propostas pelo Mestre: humildade, obediência, misericórdia e serviço. É fundamental numa vida comunitária cultivar estas virtudes e outras mais já que por detrás de uma postura determinada é possível esconder arrogância, imposições, liderança negativa e falta de caridade. Certas posturas muito contribuem para divisões e distanciamentos que poderiam ser evitados.
            Impulsionados pelas palavras encorajadoras de S. Paulo possamos repetir quantas vezes forem necessárias em nossa caminhada espiritual que nossa força está no Senhor. Por Ele vivemos na Igreja e por Ele tudo suportamos. Bom lembrar que nossas reflexões devem estar voltadas também para uma saudável preocupação em não sermos  peso para o irmão mas presença que suscita encorajamento na vida de fé.

Pe. Luiz Henrique da Silva Brito
Pároco




AS VIAGENS DO SANTO PADRE

O Papa Bento XVI empreendeu sua viagem à terra natal, Alemanha, com grande sucesso. É o que podemos constatar após o balanço feito pela Sala de Imprensa da Santa Sé: “O papa continua a surpreender. Está ótimo, muito feliz com tudo e todos, de ótimo humor, e, sobretudo, superou bem uma programação tão intensa. Do ponto de vista da saúde, esta viagem foi um verdadeiro sucesso”. Assim afirmou o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, padre Federico Lombardi e o e o presidente da Conferência Episcopal Alemã, dom Robert Zollisch. Alem de apreciar o apego dos jovens e dos leigos à Igreja, o papa Bento XVI quis também encorajá-los a prosseguir aprofundando sua fé e espiritualidade: “Sim, é esta a mensagem desta visita do papa. Está claro como o tema: ‘Onde estiver Deus há futuro’. Realmente o papa veio para reforçar a fé no amanhã e na fé cristã em uma sociedade secularizada na qual o esquecimento de Deus é cada dia mais comum. A fé em Deus e em Jesus Cristo não é óbvia, e por isso o fulcro em Deus foi central para o que o papa se propôs”, disse o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano.

Apesar da tendenciosa campanha midiática para diminuir o impacto positvo das viagens realizadas pelo Santo Padre, não se pode negar o incontestável que existe uma imensa maioria dos que acolhem e se alegram com a presença do Santo Padre com sua mensagem de fé e esperança. 

O Papa com sua peculiar sabedoria respondeu adequadamente aos jornalistas sobre certas manifestações contrárias à sua visita: “Antes de mais nada, eu diria que é algo normal que, em uma sociedade livre e em uma época secularizada, haja posições contra uma visita do Papa. É justo que expressem sua contrariedade na frente de todos: faz parte da nossa liberdade e temos de reconhecer que o secularismo, e precisamente a oposição ao catolicismo, é forte nas nossas sociedades. Quando estas oposições se expressam de uma maneira civilizada, não se pode dizer nada contra. Por outro lado, também é verdade que há muitas expectativas e muito amor pelo Papa...”

Assim se percebe claramente a diferença entre alguns que não aceitam a presença do papa e a imensa multidão de fiéis que aplaudem e se alegram com a oportunidade de estarem próximos do Santo Padre em sua terra natal.
Essa dimensão missionária do Papa serve para nós de lição. Já idoso e, podendo, merecidamente, gozar de uma justa aposentadoria, continua a gastar-se pelo reino com muita jovialidade e dedicação. Sirva de lição para as gerações mais jovens, também chamadas ao serviço do Evangelho.

Pe. Luiz Henrique S. Brito
Pároco




A PACIÊNCIA DIVINA

            As Parábolas enunciadas por Jesus demonstram sempre sua atenção para com os grandes dramas que afligem a humanidade. Uma delas é o questionamento constante que nos envolve no que se refere à presença do mal no mundo e como entender a existência de um Deus Bom e Onipotente se permite que o sofrimento atinja os inocentes.
            Este e um questionamento que levou muitos grandes filósofos e teólogos, como também grandes santos a se debruçarem em uma heróica tentativa no sentido de colaborar com a humanidade para que pudesse compreender o sentido desta presença da obscuridade causada pelo mal e do silêncio de Deus.
            A Parábola do joio e do trigo nos acena para uma belíssima imagem de Deus, a exemplo do Filho pródigo. Neste caso nos revela Jesus um Pai que espera e se preocupa em não prejudicar o trigo que cresce juntamente com o joio.
            Esta parábola nos mostra a experiência do bem e do mal no mundo e em nós. Todos já praticamos o bem e o mal. O homem continuamente se defronta com escolhas que podem ser pelo bem ou não. O esperar de Deus nos revela como Ele é clemente, compassivo e cheio de amor (Jl 2,13).  Ao mesmo tempo o Senhor, por nos conhecer muito bem, sabe que precisamos de tempo para que o crescimento do amor e do bem aconteça.
            A Paciência de Deus, neste sentido, é para o nosso próprio bem. Alguns poderiam até imaginar que esta demora de Deus em agir seria uma qualidade negativa, já que a mentalidade atual está mais voltada para a eficiência e utilitarismo da vida. Isso nos impede de respeitar o ritmo da vida, com seus desafios e exigências. O imediatismo não nos prepara para as adversidades e amadurecimento.
            Importante ressaltar que esta paciência divina não significa uma  fraqueza de Deus, pelo contrário, é uma expressão eloqüente da misericórdia do Criador, fundamental para nós, frágeis seres humanos. Nela exercitamos a virtude dos fortes e prudentes. A paciência não se confunde com passividade, pois é dinâmica, está longe da preguiça e pessimismo. Resistir com firmeza às adversidades sem se deixar abater é sinal de força e personalidade inquebrantável conquistada na paciência. Ela mostra que o fanfarrão e imediatista nada conquista ao contrário daquele que na verdadeira humildade e sabedoria sabe aproveitar das diversas situações que enfrenta oportunidade para crescimento e amadurecimento.
            Saibamos experimentar este tempo da graça oferecido por Deus. Ele espera pacientemente o fruto despontar. Seja nossa vida um bom combate na fé autêntica que nos levará, pela virtude da paciência a uma purificação contínua rumo ao termo desta realidade passageira. Deste modo, poderemos nos apresentar ao Senhor com  bons frutos das ações corretas e justas.

Pe. Luiz Henrique S. Brito
Pároco